O candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na segunda-feira (5) que, se eleito, fortalecerá o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O compromisso foi firmado frente ao aauditório lotado durante Encontro com Assistentes Sociais e representantes da Frente Nacional de Defesa do SUAS, em São Paulo. No evento, Lula recebeu uma carta com propostas para o setor.
“Nós vamos ter que reconstruir o Brasil que eles destruíram. O Suas vai voltar a funcionar muito mais forte, muito mais preparado e com muito mais recursos para que vocês possam, cada vez mais, atender as pessoas com mais decência”, disse o petista.
No palco, entre os participantes do evento, estavam os candidatos ao governo de SP, Fernando Haddad (PT); e ao senado Márcio França (PSB), os ex-ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias e Márcia Lopes, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o padre Júlio Lancellotti. O Sispesp foi representado pela diretora de Assuntos da Mulher, Kátia Rodrigues, a dra. Aline Turbuck, e a jornalista Cinthia Ribas.
“Não estaria aqui para ouvir retóricas vazias. O legado das gestões petistas na área social é algo que merece ser recordado. Foi um período em que 36 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza, e outros 42 milhões acenderam à classe C. Entre 2003 e 2012, os 10% mais pobres tiveram crescimento de renda real per capita de 107%. Durante os governos Lula e Dilma, a renda média cresceu 38% acima da inflação. Já a renda dos 20% mais pobres cresceu 84%. O resgate de política públicas sociais é algo urgente em um país que depois de tantos avanços regrediu ao ponto de ter 33 milhões de brasileiros passando fome, com a renda das famílias despencando, com moradores de rua se acumulando e filas do osso cada dia mais recorrentes e disputadas. A tragédia social brasileira precisa ser interrompida”, alerta Katia Rodrigues.
Previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, de 1993, e consolidado em 2005, o Suas articula a atuação dos governos municipal, estadual e federal no âmbito da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). É por meio do organismo que são promovidas ações de proteção social.
O sistema e o combate à fome foram mencionados pela campanha petista nas diretrizes do plano de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto.
No documento, a chapa Lula-Alckmin defendeu que é “imperativo a reconstrução e o fortalecimento do SUAS e a garantia de acesso a ações de inclusão produtiva no campo e nas cidades, em todos os territórios brasileiros, aliando escala e respeito às diversidades regionais”.
O texto também destacou que é necessário centralizar esforços para enfrentar a fome e garantir o acesso de brasileiros à assistência social. Em vídeos exibidos durante o evento, a campanha de Lula reforçou o desejo de “investir no atendimento e ampliação de pessoal” do SUAS.