O Sispesp participou na quinta-feira, 26/05, de seminário sobre organização sindical e negociação coletiva no setor público da a Internacional dos Serviços Públicos (ISP), com apoio da fundação Alemã Frédéric Ebert.
Com a presença dos principais dirigentes das entidades de grau superior e das centrais sindicais, o evento contou com palestras do ex-presidente do Dieese, Sérgio Mendonça; do diretor técnico, Fausto Augusto Júnior; e do ex-secretário nacional de Relações do Trabalho do MTE, Manoel Messias.
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) foi representada pelo presidente da entidade, João Domingos; pelo nosso presidente e secretário geral, Lineu Neves Mazano; pelo diretor de Relações Institucionais, João Paulo Ribeiro; pela 1ª secretária Cristina Helena Silva Gomes; e pelo diretor Internacional Adjunto, Wagner José de Sousa; que conduziram os debates.
Durante o encontro, especialistas e as lideranças sindicais, apresentaram um diagnóstico dos desafios e apontaram alguns caminhos conjuntos para superá-los. Alternativas que serão primeiramente apreciadas nas bases para que se possa dar início à construção de uma agenda comum entre as representações sindicais do setor público.
Na avaliação estrutural das entidades, o Fausto Agusto, do Dieese, fez um raio X das representações sindicais legalmente estabelecidas no setor público e compartilhou informações que revelam a enorme envergadura da CSPB neste cenário.
Segundo dados apresentados, a CSPB, Confederação a qual a Fessp-Esp é filiada, reúne em sua malha orgânica 62% dos sindicatos do setor público filiados às centrais sindicais, na entidade, representadas pela NCST, CTB, Força Sindical, UGT e CSB. Entre os sindicatos não filiados às centrais sindicais com registro ativo no MTE, 57% estão filiados à CSPB.
A dimensão da CSPB também coloca a Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, central sindical da qual a CSPB é filiada, em uma condição de bastante representatividade sindical no setor público (316 entidades filiadas), atrás apenas da Central Única dos Trabalhadores – CUT (456 entidades filiadas).
Fausto revelou dados referentes à quantidade de servidores públicos (11 milhões); o percentual de remuneração (com 53,1% recebendo até o limite de 4 salários mínimos); sobre a quantidade de sindicatos de trabalhadores no Brasil (com os sindicatos dos servidores ocupando a 3ª posição por categoria profissional); entre outros dados como a taxa de sindicalização por atividade econômica; as greves no setor público e as greves totais no Brasil (de 1994 a 2021), e os desafios do movimento sindical do setor públicos.
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“Em que pese as incessantes tentativas de sufocar o movimento sindical por meio do corte abrupto, ilegal e repentino corte de suas fontes de custeio, não cortaram o espírito de luta dos nossos dirigentes, firmemente engajados e comprometidos com seus representados. Nos seis anos mais tortuosos para o movimento sindical brasileiro, não somente crescemos organicamente como expandimos nosso diálogo com outros setores da sociedade civil organizada. Atuamos na linha de frente nos principais movimentos de defesa da democracia dentro e fora do país, na idealização e expansão do Portal da Vacina, na idealização e expansão do Movimento Basta, tivemos atuação destacada na luta contra a PEC 32, ampliamos nossa atuação e quadro de dirigentes nas entidades internacionais do setor público e seguimos, neste exato momento, firmes em defesa do Estado Democrático e Social de Direito, nos bastidores das articulações políticas em ano eleitoral. Essa é a essência da CSPB: converter desafios em trabalho, não deixando espaço para o desânimo consumir nosso tempo e a nossa alma”, avalia o presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos.
Fonte: Secom/CSPB