Quem não deseja adquirir a tão sonhada casa própria? Para concretizar esse sonho, grande parte da população recorre ao financiamento imobiliário, que tem suas vantagens e riscos.
Para esclarecer sobre esse processo, o Sispesp realizou, nesta quinta-feira, dia 14, live com a especialista em Direito do Consumidor, dra. Eloiza Sposito. A advogada explicou burocracias, riscos e aconselhou: “É muito importante pensar muito bem antes de fazer um financiamento imobiliário, pois se trata de dívida em longo prazo. Nesse período, muitos acontecimentos podem influenciar na renda do trabalhador”, afirma.
O financiamento não é total e abarca de 20% a 80% do valor do imóvel. “Quanto maior o valor da entrada, menos juros você vai pagar. Por isso, compensa economizar para dar um valor maior de entrada”, aconselha a advogada.
A taxa de juros gira em torno de 6% a 12% ao ano + TR. “Com essa taxa de juros, em 35 anos você pode pagar até três vezes o valor do imóvel. Será que vale a pena fazer um financiamento?”, questiona a dra. Eloiza.
Quem deseja fazer o financiamento também não pode ter outro imóvel e deve fazer seguro sobre morte e invalidez ou danos físicos. Caso ocorra alguma calamidade ou a morte de um dos proprietários ou cônjuge, o seguro cobre. O seguro pode ser feito em outra instituição. Ela informa: “O imóvel é do banco até a quitação do financiamento. Muito cuidado, pois são 35 anos”.
A advogada explica que uma possível inadimplência pode gerar a perda do imóvel e até do dinheiro investido anteriormente. “A partir de um mês de atraso, o Banco pode mandar uma carta via cartório. A cobrança é seria. O cidadão terá 15 dias para quitar o débito. Caso o pagamento não seja efetuado, o imóvel é do banco e vai para leilão”, alerta a advogada.
Inadimplência – A dra. Eloiza orienta: “Antes de atrasar o pagamento, procure um advogado ou o seu Sindicato que vai te orientar, porque cada caso é um caso. O advogado vai analisar sua situação de maneira individual”, aconselha.