Servidores da Fundação Procon aprovaram, em assembleia virtual realizada segunda-feira (4) pelo Sispesp, com apoio da Afprocon, suspender o estado de greve, deflagrado 15/3, e instaurar uma campanha permanente em defesa da Pauta Econômica e Social. O objetivo é continuar negociando, entre outros itens, a reposição das perdas inflacionárias dos últimos quatro anos, que já ultrapassam 26%.
Em assembleia presencial, dia 30, categoria pede melhores condições de trabalho
Representantes dos trabalhadores e do Procon participaram na manhã da segunda-feira de nova audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT2), que terminou sem consenso. Apesar da tentativa do juiz Edilson Soares de Lima de mediar o conflito, diretor interino do Procon, dr. Guilherme Farid Mischi Bou Chebl, manteve o índice de 10,33%, oferecido anteriormente pela Comissão de Politica Salarial (CPS) da Fundação.
O Sindicato denuncia que apesar de ser uma Fundação lucrativa, que repassou aos cofres do Estado durante a pandemia (2019 e 2021) mais de R$ 500 milhões, o governo concedeu aos servidores apenas 10,33% de reajuste, que se refere à inflação de 2021.
“Sem reajuste salarial os trabalhadores do Procon sofrem com o arrocho e a perda do poder aquisitivo. Mas fazer uma greve neste momento teria poucas chances de vitória, visto que entramos em período eleitoral”, confessa Lineu Mazano, presidente do Sispesp, que coordenou a assembleia.
Apesar de suspender o estado de greve, a categoria continuará lutando pela pauta de reivindicações e pela aprovação de um Projeto de Lei dos Servidores do Procon que se encontra em poder do governo e precisa ser enviado à Alesp.
Além da reposição inflacionária a categoria reivindica adequação salarial das carreiras de especialista de proteção e defesa do consumidor; a integração cargos “extintos “ao plano de cargos e salários, os quais foram colocados em extinção na vacância de forma ilegal e arbitrária, o que deixou cerca de 1/3 dos funcionários concursados sem possibilidade de ascender na carreira. E ainda a aprovação e implementação dos processos internos de evolução funcional, promoção e progressão que ficaram parados desde 2019.
“Vamos continuar mobilizados. Não é uma batalha fácil, mas alcançaremos vitória. Saímos dessa luta mais conscientes sobre a importância da unidade e da participação. Porque se não nos mobilizarmos, nada virá de graça”, alertou o presidente do Sispesp.
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