O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, ( FNMTC), os movimentos socias, partidos políticos e parlamentares, reuniram-se na amanhã desta quinta-feira, dia 10, no evento " Mulheres com Lula". Na ocasião, as mulheres das centrais fizeram a entrega da plataforma com 26 propostas das trabalhadoras. Clique aqui e acesse o Documento na íntegra
O encontro híbrido (presencial e virtual) destacou as perdas sofridas ao longo dos anos do governo Bolsonaro e a esperança depositada no período eleitoral. A relevância das próximas eleições para reversão do cenário de miséria imposto pelo atual governo deu a tônica das falas.
Na avaliação de Kátia Rodrigues, diretora adjunta da Mulher da NCST, será uma das eleições mais emblemáticas e decisivas para milhões de brasileiros e brasileiras. Segundo a dirigente, será a oportunidade de interromper esse projeto de fome, miséria, carestia e retirada de direitos que e está em curso no país.
“Mas para reconstruir o Brasil, além de elegermos um presidente comprometido com a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras , temos que colocar mais mulheres no Congresso Nacional”, alerta a diretora de Assuntos da Mulher da NCTS-SP, CSPB, Fessp-Esp e Sispesp.
Única governadora brasileira, Fátima Bezerra, do Rio grande do Norte, participou. “Precisamos dessa união que temos hoje neste encontro tão representativo. Não vamos permitir que esse projeto que está em curso continue, pois ameaça nossas vidas e tenta roubar nossos direitos e sonhos. Mas eles não vão conseguir”, garantiu a governadora do RN.
A intervenção tão esperada veio. Em seu discurso, Lula citou a normalização das mortes e a imoralidade criada numa construção de ódio e mentiras e também teceu dura crítica ao despreparo de Bolsonaro e sua postura. “Esse país nunca viu um presidente tão preparado para falar bobagens”.
Contudo, Lula alertou que a tarefa de reconstruir será não apenas do presidente, mas de toda a sociedade. “O Brasil precisa de alguém que faça a nação crescer junto com a sociedade. Se me elegeram, vão ter que começar a trabalhar pra construir a democracia e o mundo que todos nós sonhamos”, avisou o ex-presidente.
Ao abordar a baixa representatividade feminina na política, Lula citou o caso do México, onde as mulheres conquistaram a paridade. “Eles elegeram um presidente e juntos construíram um movimento para fazer uma Reforma e estabelecer a paridade nas candidaturas. Temos eu começar a trabalhar para que essa paridade chegue aqui”, ele afirmou.
Para o líder, para haver mudança não basta apenas eleger um presidente, é preciso eleger parlamentares que tenham essa ideologia para construir maioria. “A eleição não é tudo, mas pode muito. Mas vamos ter que ter habilidade construir alianças, um leque de pessoas que ajude na mudança e também ser maioria”.
Enfrentamento – E para isso, o ex-presidente orienta: “As mulheres devem meter o pé na porta e ocupar os devidos espaços na política, exigindo igualdade de condições nas campanhas eleitorais. “Esse mundo governado por homens não está dando certo. É a vez de vocês governarem os estados Brasil afora”, concluiu Lula.