
A Força Sindical e o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (SISPESP) têm voz ativa no cenário internacional! A presidenta, Kátia Rodrigues, está no Japão representando ambas as instituições em um dos programas de intercâmbio sindical mais importantes do mundo: o "Programa de Formação Sindical e Negociação Coletiva da JILAF" (Japan International Labour Foundation).
Esta missão reforça o compromisso da Força Sindical e do SISPESP com a qualificação da ação sindical, a busca por novas estratégias e a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores. Levar a realidade dos servidores públicos brasileiros ao debate internacional e trazer na bagagem o conhecimento das melhores práticas sindicais globais é parte fundamental de nossa luta por um serviço público forte e valorizado.
Acompanhe a seguir o Diário de Bordo desta jornada, que será atualizado diariamente com as experiências e os aprendizados de nossa delegação.

DIÁRIO DE BORDO SISPESP NO JAPÃO: INICIANDO O PROGRAMA DE INTERCÂMBIO DA JILAF
Sob a liderança da Presidenta Kátia Rodrigues, representando o SISPESP e a Força Sindical, demos início ao Programa de Intercâmbio Internacional da JILAF (Japan International Labour Foundation) no Japão.
Na abertura do programa, o presidente da JILAF, Sr. Y. Aihara, juntamente com sua diretoria, deu as boas-vindas aos participantes do Brasil, México, Argentina e Chile.
Após uma breve apresentação de todos, iniciou-se a primeira palestra sobre os alicerces do movimento sindical japonês, abrangendo temas como a negociação coletiva e o setor público do país. O Presidente da JILAF destacou também a importância do intercâmbio internacional para o fortalecimento sindical e a troca de experiências entre os países.
Temas como "O Papel e os Desafios do Movimento Trabalhista Japonês" e a "Legislação Trabalhista e de Seguridade Social" foram aprofundados. Entre os pontos debatidos, pudemos destacar a importância que os servidores públicos têm no país.
"Posso afirmar que este dia foi dedicado a absorver a cultura organizacional e os valores que tornam o sindicalismo japonês uma referência mundial, marcando o início de uma jornada promissora. A parceria entre os empregadores e os sindicatos é uma realidade muito presente em todas as áreas, incluindo o setor público", destaca a representante da Força.
E continua: "A separação do lixo para reciclagem no país surgiu de uma proposta dos servidores municipais ao sindicato, que foi acatada e encaminhada ao parlamento, onde foi aprovada para toda a sociedade japonesa. Foi uma grande mudança nas províncias, e isso se deve aos servidores públicos", afirma Kátia.
O segundo dia (01/10) foi dedicado a conhecer o coração do movimento sindical japonês: a JTUC-RENGO, a principal e maior central sindical do país, equivalente a uma central sindical nacional no Brasil.
As palestras foram profundas e extremamente esclarecedoras. A Presidenta Kátia Rodrigues destacou os pontos mais relevantes para a nossa realidade:
"O SHUNTO (Luta Salarial da Primavera), como é chamado, é o período anual da estratégia de negociação coletiva coordenada, em que sindicatos de diversos setores negociam salários simultaneamente com as grandes empresas, garantindo aumentos anuais.
A Negociação Coletiva no país não pode ser negada pelos empregadores. Existe uma lei, com base no Artigo 28 da Constituição Japonesa, que determina três direitos fundamentais: 1) todo e qualquer sindicato tem o direito de se reunir; 2) direito de realizar a Negociação Coletiva; 3) direito de greve quando houver falha nas negociações.
No caso dos servidores públicos, a RENGO também atua na defesa dos funcionários. No Japão, existem dois tipos de servidores: Nacionais e Regionais. Precisamos destacar, porém, que ambos têm o direito de criar sindicatos, mas apenas uma parte deles tem direito à Negociação Coletiva.
"Existe uma diferença dentro do setor público, que eles classificam entre 'colarinhos azuis' e 'colarinhos brancos'. Os 'azuis' são os operários diretos, e os 'colarinhos brancos' são os que fazem parte da administração e dos escritórios. Estes últimos não têm direito à Negociação Coistiva", relata a presidenta do SISPESP.
A Igualdade de Gênero e a promoção da mulher no mercado de trabalho e na vida sindical foram apresentadas como uma prioridade em sua agenda, assim como o sistema de Proteção Social. Foi detalhado o robusto arcabouço de leis trabalhistas, o sistema previdenciário e o seguro-desemprego japoneses.
As palestras contaram com a participação do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social (MHLW), a pasta mais poderosa do governo japonês, responsável por todas as políticas trabalhistas e do setor público do país.
Fiquem ligados!
Nos próximos dias, teremos sessões de intercâmbio com sindicatos de base, visitas a instituições de formação e muito mais. Acompanhem nosso diário para não perder nenhum detalhe desta jornada que fortalece cada vez mais o SISPESP e a luta dos servidores.
SISPESP SEMPRE PRESENTE!!
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