Centenas de mulheres lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes para participar do Encontro Nacional de Mulheres e Gênero da Força Sindical com presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Na palestra a ministra reforçou sobre a importância da pauta do governo voltada para igualdade salarial entre homens e mulheres (Lei nº 14.611/23) e combate à violência contra a mulher (feminicídio). Fizemos a luta para elaborar a Lei, aprová-la e, agora, a questão é implementá-la nas empresas”, relatou.
“Temos muitos desafios. Toda vez temos uma dificuldade, um empecilho. E não é só o salário. Não se trata apenas a mulher receber 22% a menos que os homens no país. A linha da desigualdade é muito mais longa, e está muito forte.” A ministra afirmou que discutir como enfrentar a igualdade salarial passa pela discussão de políticas para as mulheres.
Ela lembrou que mulheres não conseguem ser chefes não é apenas porque não têm oportunidades, é também porque no fim da tarde têm de pegar os filhos nas creches e outras preocupações domésticas que acabam impossibilitando-as de se dedicarem mais tempo a cargos profissionais.
“As mulheres não conseguem ter a ascensão porque a responsabilidade do serviço em casa e do cuidado ainda é da mulher. Precisamos ter equidade, mas não vamos conseguir discutir equidade, se não tivermos igualdade” disse a ministra.
Ao final do seu discurso, a ministra recebeu o prêmio Nair Goulart, entregue as pessoas e entidades que se destacam na luta por uma sociedade mais justa e consciente.
Presidente do Sispesp, Kátia Rodrigues compôs a mesa de abertura representando as servidoras do estado de SP. Para a dirigente, eventos como esse são fundamentais para debater políticas públicas voltadas para mulheres. “Precisamos combater a violência, discriminação e desigualdade que penalizam as mulheres na sociedade e no mercado de trabalho”, ressalta Kátia.
No dia 1º de março, o Fórum das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais realiza a primeira atividade do “Março Mulher”, com panfletagem em frente a estação do Metro/Trem do Brás (SP). “É importante todas participem dessas atividades que iremos promover. Precisamos dar visibilidade e debater as pautas de interesse das mulheres”, afirmou Kátia Rodrigues.