O Sispesp participou na manhã desta quinta-feira (30) de atividade da campanha dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.
A panfletagem, promovida pelo Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, aconteceu no Largo da Concórdia, Região do Brás, centro de São Paulo.
O objetivo da campanha é denunciar as várias formas de violência praticadas contra as mulheres e meninas no Brasil e no mundo.
Somente em 2022, houve aumento de casos de estupro, onde 88,7% das vítimas se identificavam pelo sexo feminino. O feminicídio também foi um dos crimes que tiveram aumento de registros em 2022. Foram 1.437 casos registrados no Brasil, em comparação com 2021 - quando foram 1.347 casos, um aumento de 6,1%. Os homicídios de mulheres aumentaram 1,2% de um ano para o outro.
Em tentativas de homicídios contra mulheres, houve aumento de 9,3% entre 2021 e 2022. Os casos aumentaram de 6.975 para 7.660.
Nos casos de violência doméstica registrados, o número saltou de 237.596, em 2021, para 245.713 em 2022. O estado do Amazonas teve a maior taxa de aumento, com 92%. Os dados são do Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública.
Kátia Rodrigues, presidente do Sispesp, diretora da Mulher, Gênero e Igualdade Racial da Fessp-Esp e diretora da Mulher da CSPB, destaca a importância da mobilização realizada anualmente para reforçar a luta pelo fim da violência contra a mulher, inclusive, no mundo do trabalho, com a eliminação dos assédios moral e sexual e pelo enfrentamento à violência física contra a mulher.
“Nosso objetivo este ano é lutar pela ratificação da C190 e C156 da OIT, que trata sobre o combate a todas formas de violência a mulher, pela Igualdade de Oportunidades no âmbito do trabalho entre homens e mulheres (trabalho igual, salário igual), e combater a misoginia , alertando a sociedade para a relevância de promovermos esse debate. Sabemos que os índices de violência contra a mulher se mantêm altos. É um cenário inaceitável e sua mudança passa pela união de homens e mulheres nessa luta”, afirma Kátia Rodrigues.
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